sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Blogs sobre Aquariofilia


http://amordepeixe.blogspot.com - Blog da maior loja de aquariofilia do brasil. Os preços mais baratos do brasil ( faça uma busca em nossos concorrentes e confira ) e peixes comprados diretamente com o criador. Acarás Discos raros, Bettas Halfmoon e a maior criação de guppies do brasil pelos preços mais competitivos. Vários tipos de albinos de diversas linhagens.
http://peixegatoamazonico.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de fotos de Peixes Gato do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. Os Peixes Gato dão um tom exótico em qualquer aquário.
http://peixesfluorescentes.blogspot.com - Com os avanços da medicina e sequenciamentos de DNA cada vez mais precisos está surgindo um assunto polemico, a modificação genética para criar peixes fluorescentes. Seja para detectar presença de elementos poluidores na água ou apenas para venda em lojas Pet, este já é um assunto polemico. Participe deste debate.
http://arraiasdeaguadoce.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de Arraias de Água Doce do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. As Arraias dão um tom exótico em qualquer aquário, agora liberadas pelo IBAMA.
http://pedrasnoaquarios.blogspot.com - Faça parte deste Blog e aprenda a fazer a decoração do seu aquário fazendo uso de rochas em diversas disposições fáceis de executar. Crie um ambiente natural e exótico para seus peixe de aquário dando um tom diferente ao ambiente.
http://peixetetra.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de fotos de Peixes Tetra do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. Os Peixes Tetra dão um tom exótico em qualquer aquário.
http://coraisnoaquario.blogspot.com - Para preservar a natureza e não prejudicar nossa fauna e flora marinha, o uso de corais em aquário foi proibido, porém podemos criar corais semelhantes aos naturais de forma simples e barata. De qualquer tamanho e formato, dependendo apenas da sua imaginação.
http://ciclideosnoaquario.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de fotos de Ciclídeos Selvagens do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. Os Ciclídeos dão um tom exótico em qualquer aquário.
http://filtragemdeaquario.blogspot.com - Faça parte deste Blog e aprenda a fazer filtros caseiros para seu aquário de forma barata e eficaz. Diversos tipos para o seu tipo de aquário. Com certeza um deles vai se encaixar às suas necessidades.
http://coridoras.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de fotos de Coridoras do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. As Coridoras dão um tom exótico em qualquer aquário.
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http://discosselvagens.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de fotos de Acarás Disco Selvagens do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. Os Acarás Disco dão um tom exótico em qualquer aquário. Voce descobrirá que em cada rio Amazonico existe um tipo de Acará Disco Selvagem com diferentes cores.
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http://peixeacarabandeira.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça o maior acervo de fotos de Acará Bandeira Selvagem do mundo. Aprenda seus hábitos reprodutivos e criação. Os Acarás bandeira dão um tom exótico em qualquer aquário.
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http://aquariomedicinal.blogspot.com - Faça parte deste Blog e conheça os benefícios de se ter um aquário em sua casa. Ele te ajuda com problemas de coração, pressão, stress e muito mais. Mantenha um aquário, mesmo que pequeno, e fique calmop e relaxado apenas com o uso destes pequenos animais, os peixes.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Material que procura esclarecer o porquê de alguns Bettas serem tão caros

Material que procura esclarecer o porquê de alguns Bettas serem tão caros

COMO AVALIAR UM BETTA HALF MOON?
COMO CONTAR O Nº DE RAIOS?
QUAIS AS QUALIDADES IMPORTANTES?
CORES E TIPOS RAROS?


BETTA HALF MOON: ÂNGULO CAUDAL DE 180º, SENDO QUE AS NADADEIRAS: CAUDAL, ANAL E DORSAL SÃO SOBREPOSTAS QUANDO O BETTA SE ABRE.


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CAUDAL COM FORMATO DE SEMI-CIRCULO

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Foto à esquerda em cima: Pontas arredondadas.Este betta não é um HM
Foto à direita em cima: Raios curtos das extremidades. Falta maior.
Foto à esquerda em baixo: Pontas arredondadas nas 2 extremidades Falta grave.
Foto à direita em baixo: Uma excelente caudal, com raios grandes nas extremidades até o fim e raios retos.

ABAIXO UMA CAUDAL PERFEITA, COM RAIOS RETOS, PORÉM, EU PREFIRO A CAUDAL CURVADA ( DA DIREITA) FECHANDO PARA O CORPO, SÓ ASSIM, NESTA FORMAÇÃO, TEREMOS OS OVER HALF MOONS, OU SEJA, OS QUE ULTRAPASSAM A BARREIRA DOS 180º.
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EU ACREDITO QUE ESTA É A DÚVIDA MAIS COMUM. O QUE É UM BETTA DE 8 RAIOS? O QUE É UM BETTA DE 16 RAIOS? O PORQUE DE SE PAGAR TANTO POR ISSO?

QUANTOS RAIOS TEM O BETTA ABAIXO?

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ACERTOU QUEM FALOU 8.
OBSERVEM: O RAIO SAI DO PENDÚNCULO CAUDAL (ONDE NASCE) COMO UM RAIO (PRIMARY RAYS), SE RAMIFICA (SECONDARY RAYS), SE RAMIFICA NOVAMENTE , ESTAMOS JÁ FALANDO EM 4 RAIOS (TERCIARY RAYS) E FINALMENTE O QUARTENARY RAYS, RAIOS QUARTENARIOS QUE FINALIZAM NA BORDA DA CAUDAL COM 8 RAIOS.

MACHOS HALF MOON, NORMALMENTE TEM NO MÍNIMO 8 RAIOS
BETTAS OVER HALF MOON CHEGAM A TER 32 RAIOS http://www34.brinkster.com/edbettas/grizzleA.JPG
BETTAS FEATHER TAIL, ROSE TAIL http://www34.brinkster.com/edbettas/101_0101A.JPG OU CAUDA DE PLUMA, TAMANHA RARIDADE, CHEGAM A TER 64 PONTAS À VALORES INCONTÁVEIS ATÉ COM O AUXILIO DE UMA AMPLIAÇÃO EM FOTO DIGITAL, CHEGANDO À 128 RAIOS, TAMANHA MUTAÇÃO.
VOCÊ VENDERIA OU GUARDARIA COMO UM TROFÉU ESTE PRESENTE DA NATUREZA?

FEMEAS DE 8 RAIOS – PROPORÇÃO DE NASCIMENTO 1 PARA 500
FEMEAS DE 16 RAIOS - PROPORÇÃO DE NASCIMENTO 1 PARA 1000

POR ISSO QUE ELAS ATINGEM ALTISSIMOS VALORES, QUANDO SÃO VENDIDAS!!! AGRADEÇA O CRIADOR QUANDO DISPONIBILIZAR UMA DESSAS.
MACHOS SEGUEM A MESMA PROPORÇÃO DE VALOR.

NADADEIRA DORSAL E CAUDAL SE RAMIFICAM TAMBÉM, PORÉM, MUITO MENOS.
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VEJA ABAIXO UMA EXCELENTE SIMETRIA DAS NADADEIRAS, PENSE NUM CIRCULO IMAGINARIO
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PROPORÇÃO DE COMPRIMENTO, CORPO = 0,66 DO TAMANHO DO COMPRIMENTO DA NADADEIRA CAUDAL
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NADADEIRA DORSAL DEVE SER LARGA, COBRINDO A CAUDAL. PRIMEIRO RAIO RETO E COMPRIDO ATÉ A EXTREMIDADE, CONTINUAMENTE E SUAVEMENTE ATÉ ENCONTRO COM A CAUDAL.
A NADADEIRA ANAL DEVE “COMBINAR” EM VOLUME COM DORSAL, COBRINDO UMA PARTE DA CAUDAL TAMBÉM. RAIOS TODOS RETOS E COMPRIDOS, SEGUINDO AS PROPORÇÕES ABAIXO.

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O VALOR DO BETTA ESTÁ RELACIONADO COM A COR TAMBÉM.
EXEMPLO DE CORES “CRIADAS” NOS ÚLTIMOS ANOS: COPPER, RED COPPER (DRAGON), MUSTARDGAS, COPPER KATCHUP-OIL, YELLOW, YELLOW GOLD, RED GOLD, GOLD, GRIZLLE, GREEN MASK BLACK LACE (SNAKE FACE), BLUE MASK SNAKE FACE, WHITE OPAQUE, PLATINUM, ETC.
QUANTO MAIS NOVIDADE, RARICIDADE E DIFICULDADE DE MANTÊ-LAS, SERÃO LINHAGENS MAIS CARAS NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL.
SÃO PEQUENOS DETALHES QUE TORNAM AS DIFERENÇAS GRANDES.
EU ACREDITO QUE A OBSCESSÃO PELA PERFEIÇÃO É FATOR FUNDAMENTAL PARA SE MELHORAR CADA VEZ MAIS ESTAS LINHAGENS .
ÓTIMOS BETTAS E SORTE A TODOS.
EDMAR MURAGAKI http://WWW.EDBETTAS.VZE.COM

O abraço nupcial dos Bettas Splendens - Galeria de Fotos

O abraço nupcial dos Bettas Splendens - Galeria de Fotos


Quem ainda não teve a feliz oportunidade de apreciar o abraço que o macho dá na fêmea, está perdendo um verdadeiro espetáculo de "Ballet".

Na realidade não ocorre apenas um abraço, mas até oito abraços em um espaço de tempo de aproximadamente uma hora.

Esses abraços representam o ato sexual dos Bettas.

O macho, procura os óvulos expelidos ao fundo do aquário e com a boca, os leva para o ninho. Essa operação de repete quantas vezes ele abraçar a fêmea.

O abraço nupcial tem um significado muito profundo que é a perpetuação da espécie. No momento em que o macho, suavemente, envolve todo o seu corpo sobre o da fêmea, os órgãos genitais ficam encostados para que, ao saírem os óvulos, os espermatozoides fecundem imediatamente.

O espetáculo dos óvulos saindo da fêmea pode ser visto com muita nitidez, mas a fecundação não é possível a olho nu pelo microtamanho do espermatozoide.

Em seguida, o macho "pega" com a boca os ovinhos, já fecundados, e os coloca nas borbulhas de que é construído o seu ninho. E outra preocupação lindíssima de se observar, como também quando acontece de um ovo se soltar do ninho e o macho, todo cuidadoso, abocanha-o, colocando de novo no lugar.

Quando a fêmea não tem mais óvulos, ela também ajuda o macho a colocar no ninho, mas não é uma função específica dela. A maioria procura se proteger dos ataques "ciumentos" do macho que passa a tomar conta de maneira agressiva, para tudo que é estranho ao ninho.

Dependendo da "personalidade" do macho, retira-se ou não a fêmea do aquário, mas de um modo geral, e como precaução separa-se deixando-a descansar.

O macho passa exercer uma contínua vigilância sobre o ninho, dado voltas e mais voltas como se estivesse procurando alguma coisa, demonstrando grande cuidado com os futuros alevinos.

Ao término de mais ou menos 18 horas, o ninho toma uma coloração mais escura devido a rápida formação dos filhotes, que irão eclodir quando completar 48 horas. Durante esse período, os alevinos permaneceram todos no ninho até que não tenham mais o saco vitelino. São apenas 4 ou 5 dias, enquanto estão na posição vertical. Após esse tempo, quando já estão na posição horizontal, começam a nadar livremente, desaparecendo a formação do ninho.

Ainda assim, o macho, com instinto paternalista, fica protegendo os alevinos, razão pela qual não devemos retirar o macho imediatamente ao nascimento dos alevinos.

Tudo esse movimento de proteção, cuidado e carinho com os filhotes é demonstrado através de rituais belíssimos que tem tudo a ver com os passos de "Ballet".

Para quem deseja criar Bettas, tornar-se absolutamente necessário conhecer a natureza dos reprodutores para entender melhor seus movimentos e tendências. Não se consegue resultados satisfatórios sem que o mínimo de conhecimento adquirido pela vivência e experiência de alguns anos.

Simplesmente repetir as coisas porque ouviu falar ou leu e perder tempo e retardar o progresso. O importante é ter espirito científico, passando a questionar todas as coisas e realizar pequenas experiências. Como simples observações se aprende muito, até mesmo a constatar a grande semelhança ritualística do "Abraço Nupcial"com as seqüências coreograficas da dança.

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Guia para criação de Bettas Splendens - Tradução do IBC

Guia para criação de Bettas Splendens - Tradução do IBC

Este guia para os novos entusiastas dos Bettas foi elaborado na esperança de poder ajudar novos iniciantes a ter um bom começo e a evitar as frustrações e os desafios que outros experimentaram quando iniciaram nesta mais fascinante área do "hobby7' da aquariofilia tropical Os autores são juizes certificados pela IBC e criadores bem sucedidos que mantiveram várias posições na IBC e em seu clube local, "Bettas of the Sunshine State'7.

O artigo de Lee Branscome é baseado em experiência de primeira mão e em uma revisão de vários artigos sobre a reprodução dos Bettas. O artigo de Bill Hoerner sobre genética é baseado em um grande número de fontes e foi escrito pelo fato dele não encontrar uma visão simplificada em lugar algum.

De forma a fazer um melhor início possível, você deve providenciar o melhor estoque para a criação possível, desde matrizes à alimentação. Agora, nós acreditamos que você deva estar um pouco impaciente, assim como nós quando começamos, então, vá em frente e cruze qualquer casal que você tiver. Mesmo que você não consiga nenhum exemplar digno de exposição desta cria, a experiência será valiosa. Existem várias maneiras de se adquirir um bom estoque de matrizes. Talvez a melhor seja comparecer a uma exposição e comprar um vencedor de alguma classe caso ele esteja a venda ... de qualquer maneira, veja o que está disponível antes de tomar qualquer decisão. Você pode revisar os resultados das várias exposições publicados na "Flare", o boletim bimestral da IBC, e contatar os criadores vencedores nas classes em que esteja interessado. Você pode fazer encomendas aos membros da IBC que anunciam nos classificados "Stock Shop" encontrados no boletim "Flare". Um clube de Bettas local, caso exista algum em sua área, é uma grande fonte de matrizes e informação. Caso deseje ser um criador e competidor de sucesso, cedo ou tarde terá de adquirir as melhores matrizes que puder.

Artêmia recém-nascida é uma importante fonte de alimentação para seus alevinos. Ovos de artêmia são facilmente encontrados em lojas de animais locais e podem ser compradas em recipientes, geralmente de 2 a 5 kg, de produtores. O artigo de Lee Branscome cobre3 mais do que adequadamente, o tema Artêmias. Lee também menciona microvermes que são minúsculos vermes, menores que a artêmia que são cultivados num meio de papinha de milho ou de criança em forma de pasta e misturados com fermento de padeiro. Microvermes são um bom suplemento à artêmia. Como alguns alevinos não são grandes o suficiente para comer artêmias ou microvermes uma vez que tenham absorvido o saco vitelino, alguns criadores adicionam infusórios ao tanque dos alevinos, já que os infusórios não ocorrem naturalmente no tanque dos alevinos em quantidade suficiente. O infusório mais popular é o Paramécia, que é facilmente cultivado numa jarra com água e um ou dois "pellets" de ração para coelho. Alguns criadores utilizam uma comida seca especial em forma de um finíssimo pó até que seus alevinos possam comer artêmia. Infusórios e microvermes podem ser encomendados à fornecedores que anunciam nas duas revistas líderes sobre aquariofilia tropical. Pode-se também colocar um anúncio na seção "Stock Shop" da "Flare" indicando o interesse em adquirir culturas iniciais.

Este guia é bem básico e pretende unicamente fazer você e seus alevinos passarem pelas primeiras 8 a 12 semanas de existência, após o que você poderá iniciar a separação e seleção, em potes, dos melhores exemplares. A partir dessas 8 a 12 semanas você se beneficiará de sua crescente experiência, de contatos com outros membros da IBC e com o uso da Biblioteca de Assistência Técnica da IBC, que contém mais de 250 artigos escritos por experientes membros da IBC. Todos nós, da IBC, estamos prontos a ajudar, então, caso tenha alguma dúvida, peça ajuda.


Bill Hoerner
Diretor do Comitê de Assistência Técnica do IBC

Bettas da minha maneira

Quando eu comecei a reproduzir Bettas, há uns dois anos atrás, eu procurei ler matérias sobre o assunto. Eu achava que encontraria em algum lugar um artigo ou um livro que me explicaria tudo passo a passo de modo que eu não precisasse passar por um período de muitos erros e tentativas. Talvez eu pudesse pular direto para esse estágio e fazer logo como os mais experientes. Bem, eu li inúmeros artigos do tipo faça você mesmo sobre Bettas e mesmo assim ainda tinha muitas perguntas não respondidas. Cada artigo tinha um método com algumas diferenças. Cada pessoa com quem eu falava nosso clube tinha feito de uma maneira um pouco diferente. Finalmente eu percebi que existiam tantos métodos diferentes para tantos diferentes criadores e que eu deveria estabelecer meu próprio método, que seria melhor que adotar os "já-prontos" métodos de outras pessoas. O objetivo que eu estava perseguindo era um método simples que consumisse o menor tempo, barato e ainda assim produtivo. Após muitas tentativas, tanto com sucesso como sem sucesso, meu método simples finalmente surgiu. Estes são os passos que eu utilizo atualmente. Tenho feito isso dessa maneira por um bom tempo agora porque ele funciona quase que todas as vezes. Eu ainda estou aberto para sugestões, por isso posso vir a modificá-lo no futuro. Se você é iniciante em reproduzir Bettas estou certo que meu método irá funcionar, talvez não todas as vezes, mas com a freqüência necessária para que você tenha mais Bettas do que saiba o que fazer com eles.

Equipamento necessário para a reprodução

1. Um aquário de 8 litros com cobertura
2. Um aquecedor de 25 ou 50 Watts
3. Um termômetro
4. Um pedaço de isopor
5. Um tubo de vidro ou plástico transparente
6. Um vidro de Aquari-Sol
7. Novaqua
8. MarOxy
9. Uma pequena bomba de ar
10. Mangueira de ar
11. Válvula plástica de ar

O aquário

Eu não creio que o tamanho seja muito importante. Tive boas desovas em aquários de 16 litros e em caixas plásticas para sapatos do mesmo modo. Um aquário de 16 litros funciona muito bem, mas eles são mais problemáticos na hora de lavar e tomam mais espaços. A caixa de plástico é barata e tudo o que você precisa é fazer um pequeno buraco no teto para o aquecedor. O plástico é quebradiço, por isso não corta bem sem quebrar-se. O melhor é utilizar uma ferramenta de gravar em madeira ou ferro de solda e fazer o buraco. Algumas pessoas utilizam aquário de 4 litros com sucesso. Prefiro não utilizá-los porque acho que seria fácil torná-los poluídos em espaço tão pequeno.

Atualmente possuo seis aquários de 8 litros para reprodução. De todos, apenas um não veio com cobertura de vidro que funciona muito bem Num deles utilizo uma chapa de acrílico, a qual eu prendo ao aquário com fita adesiva. O tipo de cobertura não parece ser muito importante, mas você deve ter algum tipo de cobertura bem firme. Já escutei várias razões para tal uso de cobertura, mas não concordo com nenhuma . Minha razão é para evitar que as bolhas do ninho se dissipem, tornando o trabalho macho ainda mais duro.

Iluminação

Já escutei várias estórias sobre a iluminação do aquário, qual tipo utilizar, quantos watts, deixar ou não deixar ligada durante a noite e por aí vai. Lá nos campos de arroz, eles se reproduzem sem nenhuma luz do mesmo modo que eles fazem em minha casa. As únicas luzes são para minha conveniência, elas iluminam todo o ambiente e não os aquários individualmente. Também possuo uma lâmpada de 100 W montada sobre uma base para fotografias que eu posso mover de aquário para aquário, ocasionalmente, para ter uma visão mais de perto, mas não tem nada a ver com a reprodução. A luz natural do dia é o que eles precisam, e é grátis.

Profundidade da água

Quanto de profundidade deve ter o aquário? Alguns dizem que de 10 a 15 cm é o melhor, mas não concordo. Já fiz dessa maneira e os peixes desovaram. Já fiz com o aquário totalmente cheio e também desovaram. O problema com pouca água é como lidar com o aquecedor, que deve estar totalmente imerso em água. Algumas pessoas põem os aquecedores dentro de uma jarra com água e então põem a jarra dentro do aquário com pouca água. Bem, isto funciona, já experimentei. Porém é muito trabalho, isso embaça o aquário e toda aquela condensação nos fios do aquecedor, não me parece muito seguro. Utilizo cerca de 6 litros d'água num aquário de ~ litros, deixando um espaço de uns 2 cm até a borda. Insiro o aquecedor da maneira usual, preso à parede do aquário e então trabalhamos.

Temperatura da água

Ponha a água no seu aquário e ajuste a temperatura para exatamente 24° C. Esta parece ser a única coisa com que criadores de Betta parecem concordar, então por que discordar. Eu tenho um método simples para chegar próximo aos 24° C rapidamente. Tenho uma jarra com um termômetro de fita nela. Adiciono água misturando quente e fria até chegar próximo aos 24° C. Então encho duas jarras e coloco-as no aquário. Com apenas um leve ajuste no aquecedor fará a temperatura ficar exata.

O aquecedor

Utilizo um aquecedor de 25W no aquário de reprodução. Compro sempre a marca mais barata?. Algumas vezes eles estragam e aquecem demais ou simplesmente não aquecem. E quando jogo-os fora e compro novos. Os aquecedores mais caros podem durar um pouco mais, quem sabe, mas também podem estragar.

Termômetros

Utilizo termômetros digitais de fita plástica. Prefiro este tipo por serem de leitura mais rápida e razoavelmente precisos. Desisti dos termômetros de vidro por causa dos defeitos que ocorrem nos bulbos. Após algum tempo os bulbos ressecam e o termômetro não mais funciona bem. A extremidade do bulbo é pontiaguda e temia que alguma fêmea mais desesperada pudesse machucar-se por ir de encontro a ela.

Aditivos da água

Costumo adicionar "Novaqua" à água, um produto que remove o cloro. A dosagem: três gotas para cada 2 litros. Outros produtos que removem o cloro são provavelmente tão bons quanto. Também utilizo "Aquari-Sol", uma gota para cada 2 litros. Ele ajuda a prevenir o íctio e o veludo. Perdi muitas crias durante os primeiros dez dias antes de começar a usar esses produtos. Recomendo com empenho o uso deste ou qualquer outro produto de prevenção ao íctio e veludo.

Itens adicionais no aquário

Ponho dois itens mais no aquário antes dos peixes.

Um copo de isopor cortado ao meio longitudinalmente de modo que lembre um mini hangar para aviões. Coloco-o na parte da frente do aquário, a fim de que possa observar o interior. Geralmente o macho fará o ninho debaixo dele.

Já experimentei várias outras coisas para os peixes utilizarem para anexar o ninho a elas, um pedaço de papel vegetal, tiras plásticas e folhas de verduras. Prefiro o copo de isopor por ser limpo, barato, simples e funcionar melhor do que todos que já experimentei.

Também utilizo um tubo de vidro (tipo de lampião), colocando-o do lado oposto ao copo de isopor.

Quase que ao mesmo tempo, coloco a fêmea dentro do tubo de vidro e o macho na parte aberta do aquário, livre para nadar por toda parte, mas impedido de atacar a fêmea. Ele pode vê-la e ficar excitado, mas não pode machucá-la. Se tudo der certo, ele construirá um lindo ninho até o dia seguinte. Caso ele já tenha feito um belo ninho no mesmo dia, eu levanto o tubo de vidro e solto a fêmea. Caso ele não construa um ninho até a manhã seguinte, então solto a fêmea com ou sem ninho. Deixo o tubo de vidro dentro do tanque para a proteção da fêmea. Ela pode nadar em volta do tubo e ficar na parte oposta caso o macho seja muito bruto. Quando ela estiver pronta, ela virá para a parte desprotegida.

A maior parte das minhas desovas ocorre no segundo dia a partir do qual coloco o casal no aquário. Algumas vezes leva um pouco mais de tempo. A vez em que mais esperei foram dez dias antes de desovarem. Após cerca de 4 ou 5 dias eu geralmente separo o casal caso o macho não tenha construído um ninho até aquela data. Parece ser mais produtivo tentar um novo casal, e tentar de novo com os outros umas duas semanas depois.

Costumo etiquetar o aquário de reprodução, identificando o número da desova e os dois peixes. Os dois peixes são classificados pela desova de que foram originados e por seu número individual ou de onde obtive o peixe caso ele não seja de minhas próprias. Coloco também as datas: a data do acasalamento, a data da desova e a data em de eclosão dos ovos.

Desova n°: 70

* Macho: Amarelo Cauda-Dupla (Agostinho)
* Fêmea: Amarelo Cauda-Simples (48-4)
* Acasalamento: 17/04
* Desova: 21/04
* Eclosão: 23/04

Se você está tentando uma de suas primeiras desovas, lembre-se que deve ser paciente. A primeira vez que tentei fiquei na expectativa de que tudo ocorreria naquele dia... e simplesmente nada ocorreu aquele dia. E depois de tudo, a fêmea pode estar pensando no que o macho achar dela na manhã seguinte ou esteja preocupada com sua reputação. Leva um certo tempo para cairem esses tabús.

Algumas vezes durante os primeiros momentos da desova, os peixes se agridem e chegam a danificar suas nadadeiras, outras vezes o fazem de maneira tão gentil que poderiam ser expostos no dia seguinte. Não interrompa a desova por causa de algumas nadadeiras rasgadas. Na maior parte das vezes, quando os peixes são jovens, as nadadeiras crescem de novo. Perdi apenas um peixe( um macho) em mais de 70 desovas.

O cronograma da maioria das minhas desovas é o seguinte:

1° Dia: Acasalamento( Os peixes são colocados juntos).

2° Dia: Liberação da fêmea do tubo de vidro, solte-a antes caso o ninho esteja pronto antes.

3° Dia: Os peixes desovam. Logo após o macho afastará a fêmea e é hora de retirar a fêmea e o tubo de vidro. Coloque a fêmea numa jarra com água( na temperatura de 24°C), com uma gota de MarOxy para prevenir o ataque de fungos e bactérias às suas nadadeiras. O macho passará a tomar conta do ninho por conta própria, catando os ovos e que porventura caiam do ninho e recolocando-os de volta.

5° Dia: Os ovos eclodem. Você pode vê-los cair do ninho e depois tentar voltar sozinhos. Alguns cairão no fundo. O macho os pegará pela boca e os "cuspirá" de volta ao ninho. Ele continuará fazendo isso pelos próximos dois dias.

6° Dia: Remova o macho. Na noite anterior ao dia de retirar o macho. Ele tomou conta dos alevinos por um bom tempo e eles devem estar prontos para seguirem por conta própria agora. Caso você deixe para retirar o macho na manhã seguinte, as chances de perder toda a cria para um macho faminto aumenta.

7° Dia: Pela manhã, alimente os alevinos. Eles não necessitam ser alimentados antes desse período desde que tenham totalmente absorvido o saco vitelino. A partir de agora devem se alimentar sozinhos. Nos três primeiros dias alimento-os de maneira bem leve três vezes ao dia. Pela manhã, artêmia recém-nascida( 24hs), à tarde, microvermes; e à noite, novamente artêmia recém-nascida.

Após três dias nesta dieta, paro com os microvermes mas continuo com a artêmia recém-nascida duas vezes ao dia. Eles continuam nesta dieta até estarem grandes o suficiente para comerem outras comidas vivas como tubifex ou minhocas e artêmias adultas( lá pelos dois meses de idade).

Caso a desova ocorra após o 3° dia, mova todas as outras datas de acordo com o atraso ocorrido.

Eclodindo artêmia recém-nascida

Numa loja de animais ou de aquários, compre ovos de artêmia para eclosão. Instruções para a eclosão, provavelmente, estarão no recipiente. As minhas são um pouco diferentes, por isso, vou explicar meu método. Você precisará do seguinte:

1. Ovos de artêmia para eclosão
2. Sal não iodado
3. Uma garrafa plástica de dois litros "Big-Coke")
4. Dois potes plásticos de margarina
5. Uma pequena bomba de ar
6. Mangueira de ar
7. Uma seringa
8. Uma rede fina para pegar as artêmias

Corte os 6 cm da parte de cima de uma garrafa de "Big-Coke" e jogue esta parte fora. Encha a parte que sobrou com água à temperatura ambiente, deixando aproximadamente 5 cm a partir da borda. Adicione 2 colheres de sopa de sal não iodado e cerca de 1~3 de colher de chá de ovos de artêmia. Você pode ajustar a quantidade de ovos dependendo do tamanho da desova que você esta tendo ou de tem muitas desovas ao mesmo tempo. Lembre-se que tudo o que você precisa é necessário para duas ou três alimentações. Faça isto com somente uma garrafa. Libere a linha de ar, de modo que maneira que faça bolhas rapidamente, deixando os ovos em movimento durante todo o tempo. Comece este processo no mínimo 24 horas antes de precisar alimentar os alevinos pela primeira vez. Na outra manhã, quando for alimentar os alevinos, comece com a outra garrafa, enchendo-a do mesmo modo. A medida que você usa as artêmias da primeira garrafa, os ovos da segunda garrafa estarão eclodindo. repita o processo todos os dias e você terá um estoque contínuo de artêmias recém-nascida.

Para coletar as artêmias, eu retiro a linha de ar da garrafa pronta e coloco-a próximo a uma pia e aguardo de 5 a 15 minutos para as artêmias se estabilizarem e as cascas dos ovos flutuarem. Você perceberá que estará pronto quando o fundo do pote estiver com uma coloração levemente laranja e se você olhar bem de perto, perceberá milhares de artêmias nadando próximo ao fundo. Pego a seringa e coloco-a cuidadosamente através das cascas marrons na superfície da água e sugo as artêmias do fundo. Algumas repetições e deve ser suficiente. Despejo o conteúdo da seringa numa rede bem fina para artêmias para coletá-las, então enxáguo a rede em água doce. Uso uma faca de cozinha sem lamina para raspá-las da rede e oferecê-las aos peixes.

Uma palavra de precaução: Não esqueça de colocar recipiente de volta e ligar o ar novamente. Caso ele seja: deixado de lado por muito tempo, sem a forte circulação, suas artêmias poderão morrer deixar todos os alevinos morrerem de fome. Lembre-se que você não terá novas artêmias por 24 horas. Alguns esquecimentos nesta fase e você perderá todos os seus alevinos. Uma vantagem de se ter os microvermes sempre prontos é que você pode usá-los de imediato caso ocorram estes erros. Consegui minha cultura de microvermes a partir de um amigo, membro do clube, e eu a mantive por aproximadamente por dois anos mesmo com muito pouca manutenção. Elas são anunciadas na 'IAMA'7 e podem também ser vendidas em lojas de animais. Providencie algumas, se possível.

Os alevinos começam a crescer

Alguns dias após os ovos eclodirem, você pode notar uma pequena massa se formando na superfície da água. Neste momento, coloco outra bomba de ar com mangueira e uma válvula de ar para controlar o fluxo de ar. Coloco a mangueira no aquário dos alevinos com as bolhas estourando levemente na superfície. Continuo com isso até que os alevinos tenham crescido o suficiente para dispensar a filtragem da água por volta dos 2 meses.

Enquanto os alevinos permanecem pequenos( até os 2 meses), faço semanalmente uma troca de água por meio de sifão, trocando alguns litros por água nova na mesma temperatura de 24°C, com Novaqua e Aquari-Sol. Sempre que faço a sifonagem, faço-a dentro de potes para que caso algum alevino seja sugado, eu possa vê-lo e colocá-lo de volta

Caso a água comece a parecer turva, você provavelmente está super-alimentando os peixes ou demorando um pouco para fazer a troca de água ou ambos. Procure no fundo de seu aquário um amontoado laranja de artêmias que não foram comidas. Caso esse monte se forme em um dia ou menos, você está super-alimentando seus peixes e poluindo a água. Corte a alimentação, tudo o que eles precisam é o necessário para arredondar suas barrigas após cada refeição. Se você der a eles mais do que podem comer, você estará simplesmente estragando a água.

Lá pelos 2 meses, eu geralmente coloco os alevinos para um aquário de 15 litros e coloco um filtro de lã de vidro na mangueira de ar. Isso fica com eles até o momento que ainda restarem peixes no aquário.

Dos 2 aos 5 meses, é a idade ideal dos Bettas para eu. Este é o momento em que melhores indivíduos começam a aparecer no aquário. É a hora de recolher os indesejáveis e a hora de os melhores provarem para você que são dignos de exposição ou de reprodução. Após tudo, foi tanta diversão, que nós vamos querer pegar os melhores e continuar com a próxima geração. Talvez... somente talvez... eles poderão ser ainda melhores que os anteriores.


Lee Branscome

Tudo o que gostaria de saber sobre a genética dos Bettas

Sempre quis saber por que alguns Bettas azuis quando cruzavam com outros Bettas azuis produziam alguns descendentes verdes, ou por que vermelhos e amarelos não produziam laranjas quando cruzados. Devem haver centenas de perguntas como estas. Felizmente algumas dessas perguntas podem ser encontradas aqui.

Este artigo é escrito como uma expressão do que uma pessoa, profundamente interessada em Bettas, tem aprendido a partir de limitada experiência, conversas com outros entusiastas, e lendo o que Liebetrau, Lucas, Maurus, Sonnier e outros escreveram. Existe uma gama de informação disponível. Acredito firmemente um conhecimento razoável sobre a genética dos Bettas pode aumentar grandemente a satisfação e o prazer que podem vir desse hobby. Acredito que qualquer um ignorar este assunto está causando a si mesmo um grande atraso.

Os Bettas possuem dois genes, um de cada progenitor, para cada característica . Cada Bettas consiste de muitos, muitos pares de genes, muitos dos quais são para características não observáveis sob condições normais. Os pares de genes que são inicialmente importante para nós são aqueles associados com a coloração e nadadeiras. Vamos considerar o que esses vários pares de genes transmitem num Betta normal. O Betta normal não é aquele extremamente colorido ou magnificamente desenvolvido com as nadadeiras encontrado num aquário se mostrando para o vizinho, mas sim aquele tipo selvagem sem atrativos, de nadadeiras curtas e geralmente pardo com raios esverdeados e variados tons de vermelho nas nadadeiras. Esse Betta normal possui camadas de cores normais: amarelo mais próximo ao corpo, seguida no sentido para fora pelo vermelho, negro e verde, nesta ordem. Os lindos Bettas que vemos hoje possuem na maior parte mutações das cores normais e das nadadeiras encontradas na natureza.

Uma dificuldade conceitual provem de alguns indivíduos quando considerando as cores normais. Um Betta que possui o vermelho normal não é um Betta vermelho. Um Beta que possui o negro normal não é um Betta negro. Um Betta que possui um par de genes verdes ou amarelos normais não é um Betta verde ou amarelo. De fato, um Betta possuindo todas as quatro cores normais é um multicolorido. O verde, vermelho, e uma variante marrom do negro podem ser observados, entretanto o amarelo não pode por causa de sua palidez.

Existem basicamente dois tipos de genes. Genes do tipo I são aqueles que expressam uma relação dominante/recessivo quando casados. O efeito do gene dominante é observável com efeitos de cor e tipo de nadadeiras. O efeito do gene recessivo normalmente não é observável a menos que seja casado com outro gene recessivo similar. Quando um gene de nadadeiras longas dominante é casado com um gene recessivo de nadadeiras curtas, nadadeiras longas serão observadas. Algumas vezes um gene recessivo pode produzir efeitos que são observados quando casados com um gene dominante. Bettas de cauda simples portadores do gene de cauda dupla geralmente possuem bases mais largas e nadadeiras mais longas que aqueles de genes puramente cauda simples. Genes do tipo II são aqueles que interferem com cada outro quando casados. 13m exemplo clássico é o casamento entre os genes verde e o azul aço para produzir o azul.

O fato de qualquer Betta possuir todas as cores normais ou suas mutações podem causar alguns problemas conceituais. Entretanto, sob o risco de super simplificação, a cor ou as cores observáveis dependerão da intensidade relativa e da distribuição das várias camadas. Um Betta, poderá, ser observado vermelho quando a camada vermelha é muito intensa e mesmo distribuída e as outras camadas são suficientemente fracas de intensidade e distribuição para superar a vermelha. Bettas de cores sólidas geralmente só resultam quando uma ou mais das cores normais sofreram mutação.

A tabela inclusa neste artigo lista as cores normais e suas mutações e rapidamente descreve cada uma. É interessante notar que algumas das mutações não tão envoltas em cores quanto em padrões de cores. O padrão "Butterfly" é uma mutação do vermelho, e, mesmo assim é dominante sobre o vermelho normal, bons padrões `'Butterfly" são freqüentemente difíceis de se produzir, mesmo quando cruzados entre si. O padrão "Mármore" é uma mutação do negro, que produz muitos efeitos estranhos e variados. Bettas "Mármore" podem não começar a mostrar o padrão "Mármore" até que tenham alguns meses de idade e então o padrão pode mudar dramaticamente num período relativamente curto de tempo.

Existem variedades de cor que não são o resultado de um único par de gen., mas são produzidos por mais de um par de genes. Os "Pastel", por exemplo, resultam quando o verde, azul-aço ou azul sobrepõe o "Camboja". Os albinos são produzidos com uma combinação de mutações de vermelho, negro e verde.

A tabela de cores indica a dominância relativa nas camadas, mas não entre as camadas. Tem sido geralmente observado que a camada verde e suas mutações, a camada superior, dominarão as outras camadas quando suficientemente intensas e bem distribuídas. Entretanto, como resultado de uma intensidade e distribuição variada nas camadas, mais de uma cor podem ser observadas, como nos multicores. A intensidade e distribuição de qualquer camada pode ser melhorada ou reduzida através de cruzamentos seletivos, dependendo do objetivo fixado. Desse modo pode-se selecionar o mais escuro, ou o mais claro ou o mais brilhante vermelho, verde, azul ou a coloração de corpo de camboja mais cremosa, ou de qualquer modo que assim se desejar.

Suponhamos que você não está certo sobre quais genes estão funcionando como tipo I ou tipo II. Você pode descobrir qual o tipo em até duas gerações, desde que você obtenha grandes desovas, digamos 100 ou mais. Teoricamente, os genes do tipo I podem resultar em 75% de uma desova aparecerem da mesma cor, mas os gene tipo II não. Vamos fazer uma análise.

Primeiramente, vamos considerar um exemplo do tipo I. Assuma que apenas a camada de cor vermelha está presente e que somente os genes vermelho estendido( R) e não-vermelho( Y) estão envolvidos. O macho carrega dois R e a fêmea um R e um Y. A primeira geração( F1) será composta por 50% RR e 50% Y, porém todos parecerão ser vermelho estendido. Por quê? Cada quadrinho no esquema a seguir representa 25%.

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Suponhamos que dois indivíduos de F1 sejam cruzados entre si para produzir a Segunda geração( F2). F2 se constituirá de 25% ~, 50% RY e 25% YY. Entretanto 75% dos descendentes parecerão ser vermelho estendido e 25% não-vermelhos. Por que? Relembre a tabela de cores! Mantenha os 75% em mente.

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Agora, que tal um gene tipo II em ação. Assuma que somente a camada de cor verde está presente e que somente os genes verde estendido( G) e azul-aço( S) estejam ativos. O macho carrega dois G e a fêmea um G e um S A primeira geração( F1) será 50% GG e 50% GS. 50% parecerá verde e 50% parecerá azul. Caso dois indivíduos de F1 portadores dos genes GS sejam cruzados a fim de produzir a segunda geração( F2), a desova consistirá de 25% GG, 50% GS e 25% SS.

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25% dos descendentes parecerão verde, 50% azul e 25% azul aço. Não há maneira de 75% dos descendentes parecerem de uma só cor. Analise as tabelas e o casamento de genes com bastante atenção e você estará apto 75% de indivíduos parecidos não podem ocorrer. Reveja a tabela de cores novamente.

Os termos "fenótipo" e " genótipo" são freqüentemente empregados em discussões sobre Bettas. Elas, em especial o genótipo, podem ser muito importantes quando do aquisição de matrizes. O fenótipo se refere a qualquer característica observável. Se um Betta parece ser vermelho, ele possui um fenótipo vermelho. Um Betta cauda simples possui um fenótipo de cauda-simples. Um Betta cauda-dupla possui um fenótipo cauda-dupla. O genótipo normalmente se refere às características que são recessivas em relação àquelas observadas. Caso não haja característica recessiva, o genótipo é o mesmo que o fenótipo. Um Betta vermelho portador de dois genes para vermelho estendido possui um fenótipo vermelho e um genótipo também vermelho. Criadores que trabalham com a variedade melano não podem usar fêmeas melano porque elas não podem produzir descendentes viáveis. Os criadores normalmente utilizam fêmeas azul-aço que carregam um gene para melano. Essas fêmeas possuem um fenótipo azul-aço, mas possuem genótipo negro( melano). Freqüentemente Bettas cauda-simples carregam um gene para cauda-dupla, fazendo-os possuidores de um fenótipo cauda-simples e de um genótipo cauda-dupla. Quando as matrizes são adquiridas, muito ajuda, saber seus genótipos. Se, por exemplo, as matrizes são ambos genótipo cauda-dupla embora parecendo cauda-simples, eles irão produzir descendentes cauda-dupla do mesmo modo que cauda-simples. Assim você pode conseguir mais do que aquilo que vê.

Agora que você sabe "tudo" o que existe sobre a genética dos Bettas, vá se divertir com ela!!!

Ninho artificial para Bettas

Ninho artificial para Bettas

Estava a navegar na net, na minha contínua pesquisa sobre bettas e encontrei num site inglês uma boa maneira de fazer um ninho artificial.

Este ninho é para no caso de o betta macho ser um devorador de ovos ou então não ter feito ninho, mas que já esteja no KSHKSH com a fêmea. (apreçados)

Os materiais a utilizar são:
-Esferovite
-Elásticos
-Gaze ou uma rede muito fininha

Cá estão as fotos, que são auto explicativas.

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Para apanhar os ovos e meter dentro do ninho aconselho:

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Reprodução de Bettas

Reprodução de Bettas

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Os Bettas, se forem saudáveis e se estiverem convenientemente preparados, irão originar uma descendência entre 30 a 500 alevins. Á medida que os alevins se vão desenvolvendo, deve-se ter em atenção as possíveis lutas que possam ocorrer entre eles, separando-os. Deste modo, é necessário ter disponível diversos aquários para esse fim.

Para facilitar o “abraço nupcial” (etapa 9) devem ser seleccionados exemplares em que o macho é maior que a fêmea. Para além deste aspecto, este deve realizar pequenos ninhos de bolhas no seu aquário individual, indicando que está apto para a reprodução.
Após a escolha, deve-se realizar uma série de passos simples, mas essenciais para obter bons resultados.
Nas primeiras duas semanas:


1) A alimentação dos progenitores é de extrema importância, pois irá determinar o número de ovos e de esperma produzido por cada um. Desta forma, neste período de tempo, dever-lhes-á ser proporcionada uma alimentação variada, como larvas de mosquitos, de Artémia, granulado/flocos próprio para Bettas entre outras coisas.

2) O aquário do macho deverá ser colocado junto ao da fêmea de modo a que se possam observar mutuamente.

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3) Deverá ser montado um aquário, sem filtro nem areão, apenas com uma pedra difusora que irá servir como aquário de reprodução. Neste, a água não poderá exceder os 10 cm de altura, uma vez que, iremos reduzir a pressão exercida por esta nos futuros ovos, devendo estar a uma temperatura de 27ºC sem oscilações. Este aquário deverá ainda possuir plantas aquáticas verdadeiras que irão proporcionar protecção á fêmea, suporte ao ninho de bolhas que o macho irá construir e facilitarão a alimentação dos alevins, uma vez que nelas se irão desenvolver, com maior facilidade, pequenos animais. Desta forma, existem algumas plantas mais indicadas para este efeito e que são extremamente fáceis de se manter, não sendo necessário cuidados com a água, luz e adubos. Exemplos destas plantas são: musgo de java (Vesicularia dubyana); Samambaia de Java (Microsorum pteropus); Valisneria sudamericana (Vallisneria Gigantea)

4) Após as duas primeiras semanas, o macho pode ser colocado no aquário de reprodução. Depois de um ou dois dias da sua introdução, coloca-se a fêmea num recipiente transparente (como por exemplo um tubo transparente) e de fácil remoção, o qual a irá proteger das investidas do macho. Dar-se-á início do cortejo, no qual o macho abre as suas barbatanas e os opérculos.

5) O macho, se interessado na fêmea, irá dar inicio á construção do ninho de bolhas, o qual deverá estar concluído ou no final do primeiro ou segundo dia após a inserção dos dois exemplares no aquário de reprodução. Se tal não acontecer, pode indicar ou que o macho não esta pronto para a reprodução ou que não está interessado na fêmea, não devendo prosseguir-se com a tentativa de procriar.

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6) Após a conclusão da construção do ninho de bolhas, a nossa atenção desvia-se para a fêmea. Esta deverá apresentar uma coloração com riscas verticais quando observar o macho e uma forma particularmente arredondada, indicando, desta forma, que está pronta para o acasalamento. Contudo, em animais com colorações mais claras essas riscas não são visíveis, tendo-se apenas em atenção o segundo aspecto.

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7) Juntamos os dois exemplares com cuidado para não destruir o ninho de bolhas e iremos observar que o macho irá nadar atrás da fêmea e atacá-la. No entanto, este é um comportamento normal da espécie, de modo a que o aquarófilo não deverá intervir a não ser que observe que a fêmea possa correr perigo de vida.
Após 12 a 24 horas de estarem juntos o macho irá conduzir a fêmea ao ninho de bolhas.

8) A fêmea irá inspeccionar o ninho e, quando chegar a altura, por debaixo deste, ambos iram começar a nadar em círculos.

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9) Até que ocorrem os abraços, o macho dobra-se sobre a fêmea comprimindo-a de modo a facilitar a saída dos ovos ao mesmo tempo que os vai fecundando.

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10) Após cada abraço a fêmea fica imóvel e flutua. Nesse período de tempo em que não se mexe, o macho aproveita para apanhar do fundo do aquário os ovos com a boca e colocá-los no ninho, pois, á primeira oportunidade, a fêmea come-os, apesar de se já ter sido observado fêmeas a ajudarem o seu companheiro na recolha destes.

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11) Quando os abraços terminam, deve-se retirar com cuidado a fêmea (que tem que ser submetida, mais uma vez, a um regime variado de alimentos, de forma a que recupere rapidamente das lesões sofridas e do esforço), sem destruir o ninho de bolhas, que vai ser guardado pelo macho e será este que tomará conta dos alevins quando nascerem.
Deve-se ter em atenção que, os caracóis de água doce, que possam existir no aquário, muitas vezes comem os ovos que se encontram no ninho de bolhas.Por vezes o macho apercebe-se e tira-os com a boca. Contudo, os moluscos para evitarem a acção do progenitor dirigem-se para o seu alimento pela parte exterior das bolhas, tornando-se impossível a acção do macho.

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12) Os alevins irão eclodir passados 2 ou 3 dias. Estes são de reduzidas dimensões (cerca de 2mm) e estão sempre a ser vigiados pelo macho, o qual irá colocá-los no ninho sempre que se afastem ou que vão ao fundo.

13) Quando os alevins nadarem horizontalmente (no quinto dia de vida) é a altura de retirar o macho, pois este poderá comê-los.

Os alevins

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Nos primeiros quatro dias os pequenos peixes apenas se irão alimentar do seu saco vitelino, não devendo assim, colocar alimento na água, pois só irá fazer com que esta se polua.
Após retirarmos o macho, devemos começar a alimentar os alevins quatro a cinco vezes ao dia em pequenas quantidades, mas tendo em atenção de que, como os alevins são muito pequenos, têm que comer um alimento rico em lípidos e de pequenas dimensões de forma a que seja facilitada a sua ingestão e que lhes permita desenvolver. Assim, existem vários alimentos adequados para este efeito, como infusórias que aparecem nas plantas, alimento líquido (JBL Nobil Fluid), larvas de Artémia salina (Nauplios) e/ou alimentos granulados de pequenas dimensões produzidos para alimentar crias de Bettas.

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É nos primeiros quinze dias que se encontra a fase crítica do desenvolvimento das crias dos Bettas, pois é nesta altura que se formam os labirintos nos alevins. Desta forma, o aquário deverá estar tapado, de modo a reduzir a diferença de temperatura do ar e da água. Caso exista diferença, toda ou praticamente toda a ninhada morre.
Após o primeiro mês começa-se a proceder ao acréscimo de água (cerca de 1cm por dia), minimizando os efeitos das hormonas produzidas por cada alevin, uma vez que eles ao produzirem-nas vão fazer com que os restantes Bettas que se encontram no aquário tenham mais dificuldades a desenvolverem-se.
Ao mês e meio podem-se começar a mudança de água parcial.

Algumas fêmeas:

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O grupo de fêmeas:

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Os dois primeiros machos são da criação:

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Uma colisa que também quis ficar na foto:

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